"Embora existam referências a viagens realizadas por Fernando Távora antes da segunda guerra, a primeira grande viagem conhecida à Europa acontece em 1947. Faz a viagem de carro num percurso que dura 3 meses e o leva a San Sebastian, Lyon, Chartres, Paris, Bruxelas, Roterdão, Antuérpia, Zurique, Milão, Siena, Roma, Cannes, Nice e Marselha. Em 1949, no período em que está a desenhar o plano do Campo Alegre, volta a Itália e logo depois, em 1952, regressa num destino que repetirá sempre.”
“Ficaram célebres as aulas (de F. Távora) sobre as viagens à Grécia, Itália, EUA ou Japão – e nelas as sandálias de viajante com que palmilhou o percurso de acesso à Acrópole, mais tarde integradas simbolicamente nas exposições retrospectivas da sua obra, como sinal do caminho de aprendizagem que a disciplina impõe ao arquitecto.
Para todos a experiência da viagem ficou assim indissociável do conhecimento, da prática arquitectónica e da vida”
(“A viagem na Arquitectura Portuguesa do século XX”, José F. Gonçalves)
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"Quero exactamente conhecer as manifestações artísticas que se encontram na tradição europeia, através de uma viagem que tocaria o Egipto (Cairo), a Grécia (Atenas), a Itália (Roma) e a França, uma viagem que me permita determinar as constantes, os elos de ligação entre as Pirâmides, o Partenon, o Panteão e São Pedro,Versalhes e a Torre Eiffel..."
(Távora in Esposito, Antonio, Leoni, Giovanni, Fernando Távora – opera completa, Milão, Mondadori Electa spa, 2005, p.40)
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